sábado, 18 de dezembro de 2010

33) Amizodio.

Lembra do paranaense Lourenço? Encontrou um nortista no mitório da rodoviária de Bauru, e começaram a conversar enquanto mijavam lado a lado.

Saíram e foram tomar uma cerveja e a conversa rolou para os lados das terras ofertadas pelo governo, no sertão do Piauí. Nenhum dos dois tinha pra onde ir, mesmo...

De carona em boléia de caminhão demoraram quase dez dias para chegar e lá, depois de assinar os papéis, conseguiram as terras para serem cultivadas a dois, no meio daquele imenso nada de civilização. Passaram muitas privações esperando que vingassem as plantações de mandioca, arroz e feijão e comiam os bichos do mato, caçados à força de cacetadas. De fartura mesmo só fogo, água e trabalho.

Ergueram os dois barracos quase lado a lado, com os troncos e as palmeiras, não muito longe do regato e da roça. As vasilhas que um não tinha o outro também não e assim se arranjavam.

Lourenço branco, olhos claros, cabelos loiros, meio estudado, ex-pintor de paredes e Tinhão mulato, mais forte, rústico, insolente, fugitivo após ter dado uns catiripapos no delegado da cidadezinha do Sergipe.

Os dois com 25 anos de vida desgraçada. Durante os primeiros três meses, só o trabalho, a conversa pingada, cada um na frente de sua porta e depois disso a solidão e a falta de mulher. E o silêncio da roça ao redor. E a falta de uma mulher, uma fêmea, uma boceta, enfim. O Tinhão não esquecia.

Dizia que estava fazendo falta, não estava agüentando mais, Lourenço reticente, já havia sido casado e abandonado. Não queria mais daquilo outra vez.

Lourenço era mais organizado, alegre, Tinhão mais folgado, depois do trabalho, só de cueca suada zanzando pelos arredores, sentava com as pernas abertas sobre a lata de banha vazia e coçava o volume displicente:

-Tu não sente mesmo a falta de uma boceta por aqui, Lourenço? Pois eu, quando chega a noite, não penso em outra coisa...

- Sinto não...um dia vou te contar porque a mulher a me abandonou...

- Pois conte agora, home...jogar conversa fora faz bem...

- Quer saber mesmo? Olha que conto... Você pode até estranhar...

- Não precisa nem contar : já imagino...tu pegou ela com outro...

- Pior que não...Ela me pegou chupando o pau de um sobrinho dela... bem dentro do quartinho ....aí, já viu , né? Não teve como explicar...nem como continuar....

-Uai , sô....que gosto mais besta...mais esquisito...

II

Lourenço contou o segredo porque queria sentir a reação que despertava no nordestino.

Tinhão ficou sério por um tempo, encarou o sócio das terras e não disse nada. Apenas parou de coçar o saco e debruçou sobre as próprias pernas cabeludas e musculosas. A conversa parou aí. Lourenço se afastou para se lavar no regato e Tinhão se recolheu ao barraco para deitar, pensar numa xoxota e dormir.

Dias depois, sentados em frente ao barraco de Tinhão, recomeçaram a conversa e não foi por insistência de Lourenço, mas sim por causa do tesão do nordestino:

-Quantos quilômetros daqui até aquela vila que passamos? Uns trinta... deve ter um puteiro lá...tô pensando em dar uma chegada...

-E vai do quê? Vai a pé? Vai pagar a puta com quê? Com raiz de mandioca?

-Sei não...só sei que preciso ir...tô bem aperreado...

-O bicho tá muito assanhado? Bate uma punheta, uai...

-Num adianta... o negócio tem que ser na xoxota,mesmo...

Tinhão encarou o paranaense e depois olhou a plantação de arroz, já aparecendo entre os sulcos na terra. Mandou a pergunta:

- Nunca entendi esse negócio de home que sente vontade de home...de viado...

pra mim , homem só gosta é de mulher e pronto...como era sua mulher? Era bonita?

Boa de foda? Vai ver era um trabuco feio e frio...você se desencantou com ela...

-Não...nada disso...era uma loirinha bonita e quente, pelo menos no começo...

depois começou a relaxar......até que descobriu eu e o sobrinho dela...pegou de surpresa no quartinho e não quis mais saber de mim...

-Conta aí como era ela pelada... fala da boceta dela...fala bastante pra eu sonhar de noite...eu fodendo ela...

-Tá bom...eu falo...mas você também me fala de você...topa?

-Feito...como era a xoxota dela ? Era virgem quando vocês casaram?

-No namoro...ela era quente...nós trepamos, ela engravidou...o pai dela exigiu casamento...foi meio obrigado...mas eu sempre gostei de macho...desde garoto...

-Ela era pentelhuda? A boceta era pequena ou grande?

-Sei lá...só conheci a dela...parecia normal...os pentelhos eram claros, enrolados e a xoxota, cabia meu pau que não é lá muito grande...de grande mesmo eu só tenho a boca , o cu e a vontade....o seu pau é exagerado,não é? - perguntou o Lourenço olhando entre as coxas peludas do nordestino e mesmo mole, o desenho da rola era bem visível.

O Tinhão ignorou a pergunta e coçou novamente o volume entre as pernas, não respondeu nada. Mas Lourenço não desistia:

-Eu dei uma olhadinha lá no mitório de Bauru, lembra...? Quando estávamos mijando... mas não deu pra ver direito...

Vendo pra que lado a conversa caminhava, Tinhão desconversou e preparou-se para entrar no barraco:

-Acho que já tá na hora de dormir...inté...se eu não acordar, bate na porta...

-Até amanhã... Você vai deitar assim, todo sujo? Nem tomou banho...

-Pra quê? Se tivesse uma mulher por aqui , eu ficaria cheiroso...

-Mas pro meu gosto..você tá cheiroso...não tem cheiro melhor que esse seu...

-Rapaz...rapaz...

E o Tinhão fechou a porta do barraco.

III

Uma semana depois, Tinhão havia desistido de ir à vila, não tinha trepado, e Lourenço espiou quando ele levantou cedo e foi mijar atrás do barraco. Ficou meio afastado olhando o homem com o pau pra fora da cueca, o mijo saltando em abundância pela ponta do cacete, mas o nordestino percebeu que estava sendo vigiado e virou de costas impedindo que o paranaense pudesse ver o que tanto desejava.

Trabalharam o dia todo sob o sol forte, pararam ao meio dia para saciar a fome e depois continuaram até as cinco horas, as enxadas cavoucando e arrancando as ervas teimosas. O sol ainda estava clareando o horizonte.

Lourenço voltou um pouco antes para esquentar a comida e levou o prato feito para o nordestino que esperava sentado no banco rústico armado em frente ao barraco, o olhar duro fixo no sol que aos poucos se deitava no horizonte.

-Tá mais calmo, Tinhão? Já passou a febre ?

-Que febre ? Não tô doente,não...

-Tô falando do tesão que você tava sentindo outro dia ...

-Isso não passa não, companheiro... é todo dia...toda noite...

Depois que terminaram de comer, Lourenço começou a atiçar o desejo dele novamente:

-Quer que eu conte tim tim por tim tim como era a boceta da minha mulher?

-Fala, cara...conta tudo...bem devagar...tô precisando de imaginar...

E Lourenço descreveu da melhor forma que pôde tudo que lhe vinha à mente, todas as palavras e gemidos, a bocetinha ainda semi-fodida, os lábios rosados e entreabertos, os gozos dela , o quanto ela ficava molhada antes de foder , o que ela gemia durante e depois de gozar....

O nordestino ouviu em silêncio, imaginava tudo e enfiou a mão dentro da cueca esgarçada.. Lourenço instigava cada vez mais:

-Você tá mexendo nele? Falou que ia me contar como ele é...se eu falasse da boceta dela...parece que esqueceu... -Quanto ele mede, quando fica bem duro?

-Sei lá...nunca medi...deve dar um palmo e meio, mais ou menos...

-Não acredito...você está exagerando...não existe isso de verdade...

-E pra que eu ia mentir ? Se tou dizendo que é grande é porque é....Meus irmãos...eles mesmos diziam isso quando a gente ia no ribeirão nadar...

-E a cabeça dele ? É pontuda ou arredondada? É bem grossa?

-Vixxxe...bem grossa mesmo....bem arredondada...deve ter isso aqui de tamanho... se for boceta virgem, é difícil entrar...

-Ele tem aquela pele que cobre a cabeça inteira ...?

-Tem...tem a pele bem comprida...mas arregaça toda e a cabeça aparece fácil...

-Gosto de pintão que tem a cabeça toda coberta...são mais gostosos...de se chupar...bem que gostaria de ver o seu...cheirar ele...deve estar bem duro agora, não tá?

-Tá durão...você fica falando da boceta de sua mulher...aí o bicho acorda....

E, ao falar isso, o Tinhão sentiu vontade de fazer uma coisa que nunca antes pensou que faria: mostrar o seu caralho bem duro para o Lourenço, só porque ele queria ver....mas só sentiu a vontade...não mostrou porque pensou que aquilo não era coisa de macho...ficou olhando a boca do paranaense e por um momento aquela boca pareceu uma boceta...se tava querendo chupar no seu cacete...bem que poderia ser....mas logo em seguida descartou aquela idéia ... um homem chupando seu pau....esse viado...

Levantou-se, já era quase oito da noite, tomou uma dose da aguardente que haviam feito com as cascas de mandioca e foi dormir. Mas quando se ergueu , o olhar de Lourenço conseguiu vislumbrar o caralho duro a esticar a frente da cueca, começando nas virilhas e terminando ao lado da coxa esquerda, peluda e forte, um volume tão grande que ele não conseguiu dormir e ficou imaginando como seria bom mamar naquele porrete de carne ... Precisou bater uma punheta para se aclamar...finalmente adormeceu,cansado .



Toda tarde era aquela vontade, o Tinhão cada vez mais tesudo por falta de mulher, já que não gostava de se masturbar, o Lourenço cada vez mais desejoso de sentir aquela pissona gozando em sua boca , fazendo de tudo para excitar o nordestino tão firme em suas convicções de que homem que é homem não faz certas coisas com outro macho...mesmo que o outro fosse como uma fêmea...não tinha boceta, não tinha como foder, ora...

Até que acabou vencido pelo desejo de fazer algum tipo de sexo...precisava descarregar os colhões que estavam inchados de porra....precisava acalmar o cacetão que resolvia endurecer a qualquer hora do dia, por falta de boceta que o acalmasse.

Lourenço notou que o nordestino já não se lavava a uns três dias, o suor do trabalho pesado , permanecia em seu corpo, cada vez que chegava perto dele, o odor de macho penetrava em suas narinas enlouquecendo-o . Imaginava o sabor daquela pissona suada e até mesmo bem ensebada. Aqueles pentelhos negros a aparecer desde o umbigo dele até chegar dentro da cueca vermelha, estufada, os ombros largos e fortes do homem eram bonitos e os braços perigosos, longos e grossos... Poderiam se virar contra ele, ofendido com suas palavras... Conhecia esse tipo de gente que se zanga fácil, por qualquer coisa que os contrariem... a falta de mulher o tornava impertinente e nervoso. O homem precisava foder... Naquelas distâncias, não havia uma mulher pra servi-lo...a situação era favorável ...Havia de conseguir um modo de chupar aquele caralhão!

Até que...naquela tarde...estavam sentados no banco de madeira, Tinhão pediu pra ele falar da boceta da esposa novamente, Lourenço já estava cansado de repetir as palavras, de ver aquela mãozona enfiada dentro da cueca se coçando...aquele cheiro a lhe despertar o desejo , não pôde mais se conter:

-Tinhão... sei que você nunca foi chupado...nem por mulher, nem por ninguém...sei que teu gosto é uma boceta, mesmo...mas ... minha boca...eu te garanto...é igual......se você não gostar, a gente pára e esquece...mas ....

-Sem essa...boca não é boceta...você é doido, cara...e tem outra coisa: meu pau nem cabe aí dentro...tu não daria conta...

-Vamos apostar, Tinhão? Garanto que por mais grosso que for sua caceta, eu consigo chupá-la...você falou que mede um palmo e meio...eu dou conta disso...acho que consigo...deixa eu te chupar, homem...eu não penso em outra coisa...

Tinhão balançou a cabeça, meio endoidecido pelo tesão, imaginou a boceta da mulher dele representada por aquela boca, ergueu-se do banco e ficou em pé na frente do paranaense.

A cueca mostrava o estado em que se encontrava.

As mãos rápidas do Lourenço seguraram o volume e o acariciaram. Puxou o cós da cueca para baixo, caralho e saco saltaram em frente a seus olhos arregalados de espanto. O homem era um jegue mesmo e sabia disso desde o primeiro momento que o vira na rodoviária. Tinha um pênis tão grande e tão grosso que Lourenço mal pôde acreditar no que via, e por um momento, reconheceu que havia prometido mais do que podia cumprir...Jamais conseguiria engolir aquele cacetão inteiro...talvez apenas a cabeça da pica caberia dentro e assim mesmo fazendo muito esforço. Não deixou muito tempo para o nordestino refletir: agarrou imediatamente o corpo do pênis com as duas mãos e desenrolou o prepúcio até libertar a cabeça dele. Lambeu os lábios de desejo. Lambeu a glande inchada ao redor antes de começar.

A chapeleta pulsou como um coração dentro de seus lábios e ele avançou faminto sobre ela. Lambeu-a recolhendo todo o seu sabor, tudo aquilo que a tornava mais saborosa e servia para lubrificar-lhe os lábios.

Não deixou escapar nada, nem aquele colar esbranquiçado que se formara atrás da aba amarronzada ...

Como sempre acontecia – sabia por experiência – não há macho que resista a uma boa chupada, seja lá quem for que esteja chupando, o caralho tornou-se mais duro ainda, mais grosso e mais longo, alcançou seus limites máximos e o Tinhão sentiu como se realmente fosse uma boceta a lhe agasalhar a ponta do cacete.

Ficou admirado com a voracidade com que o paranaense engolia a sua ferramenta, como se estivesse morrendo de fome!

Depois de saborear tudo aquilo que há tanto tempo desejava, Lourenço abriu ao máximo sua boca e começou a engolir lentamente o caralho até que sentiu-o chegando ao fim de sua garganta... fez mais um esforço, tentou mais um pouco e finalmente conseguiu aproximar os lábios daqueles pentelhos negros, grossos e suados do nordestino, espantado com aquela façanha.

Parecia de fato uma boceta bem úmida e Tinhão esqueceu de tudo, segurou a cabeça do paranaense com as mãos fortes e atolou-se completamente lá dentro. A garganta do Lourenço era como o canal de uma boceta quente e a baba servia para lubrificar como gala de fêmea escorrendo pelo queixo. Lourenço tentou se afastar mas não conseguiu e deixou que o homem começasse a fodê-lo - sua ferramenta atolando-se até o final da garganta, quase vomitando devido à fricção, suas amígdalas sendo empurradas pelo cabeção monstruoso e gosmento.

Tinhão agarrou mais forte, o caralho escorregando até a ponta e depois sendo atolado completamente e ele realmente estava fodendo aquela boca! Fodeu-a durante certo tempo, os olhos do paranaense arregalados e marejados de lágrimas devido ao esforço de suportá-lo, seu rosto corado de desespero , mas sem forças para impedir as investidas cada vez mais violentas. Por fim o nordestino já segurava sua cabeça e movimentava-a para frente e para trás como se fosse uma melancia obedecendo a seu comando. Lourenço sentiu-se zonzo, tudo girava, faltava-lhe o ar, vontade de vomitar e estava quase perdendo os sentidos.

Tinhão apertou-o pela última vez, segurou firmemente durante vários minutos, a boca e a garganta completamente obstruídas pelo enorme caralho, as narinas coladas a sua virilha, a pele ao redor da boca tornando-se cada vez mais roxa, enquanto uma enxurrada de porra entupia-lhe as vias respiratórias, saltavam pela boca e pelo nariz. Continuou segurando-o firmemente até sentir que ele amolecia os braços, sufocado em vômito e porra, os olhos revirados dentro das órbitas, o corpo no chão após o último estrebucho. E Tinhão não o largou nem o libertou até certificar-se de que não mais respirava.

Enterrou o corpo ao lado do barraco e ficou com as terras só pra si. Agora precisava apenas arranjar uma companheira boa de cama. Isso não seria tão difícil.

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